Na noite desta quinta-feira, dia 02/07, especialistas da Icatu Seguros participaram da InvestSmart Day Rio Grande do Sul, evento digital que tratou sobre o futuro da previdência privada no cenário atual. Na ocasião, participaram Henrique Diniz, diretor de produtos de previdência da Icatu Seguros, Victoria Werneck, economista-chefe da Icatu Seguros e Bruno Horovitz, sócio da Icatu Vanguarda, além de Marcel Navarra, sócio diretor da Investsmart. 

Ao comentar o tema do evento, Navarra disse acreditar que o conhecimento é a chave para mudar as coisas. ”Ainda mais no cenário que estamos vendo agora de uma Selic que caiu de 14,25% para 2% e especialistas apostando em mais redução”, afirmou.

Vitória Werneck, economista-chefe da Icatu, fez uma longa apresentação destrinchando  o atual cenário de crise no mundo e no Brasil que, segundo ela, “tem condições bem desfavoráveis”.

Ela explicou que a economia brasileira tinha alguns aspectos de robustez com inflação controlada, reservas internacionais robustas, “mas a crise desarticulou as reformas que ajudariam no controle fiscal que é tão importante para o país”, ressaltou.

Vitória explicou também que o Brasil entrou na crise com um quadro fiscal ruim e “com a sociedade extenuada com crescimento medíocre e mais de 12 milhões de desempregados”, descreveu.

As previsões liminares mostram que o PIB brasileiro deve cair 7% e desemprego acima de 15% no fim do ano. “Atualmente, no fim de maio a taxa de desemprego está em 12,9%. O país já está em recessão”, apontou Vitória. 

Ela lembrou ainda que as pessoas que trabalham por conta própria estão sendo atendidas com o benefício de 600 reais concedido pelo governo. “O que é absolutamente necessário, pois trata-se de salvar vidas”, destacou. 

Vitória disse ainda que existem muitas incertezas já que ainda não se sabe como vai evoluir a pandemia. “Quem fez lockdown mais responsável e sério está saindo aos poucos. No Brasil, ainda não sabemos a extensão da necessidade do gasto público pela necessidade de isolamento social e quão enfraquecido ficará o governo pela recessão, os problemas políticos e forma fraca que enfrentou a pandemia”, indagou.

Bruno Horovitz, da Icatu, destacou que na empresa se olha os business que tragam alguma previsibilidade e que sejam mais estáveis. “Empresas do setor de energia elétrica, por exemplo”, sinalizou.

Ele explicou ainda que o setor mais fragilizado, talvez sejam as empresas que tenham o balanço mais frágil. “Setores ligados diretamente a pandemia, como o turismo são os que mais sofrem”, pontuou.

Henrique Diniz, também da Icatu, falou das características dos planos oferecidos pela empresa como o PGBL que oferece a possibilidade de descontar 12% no imposto de renda. “Quando falamos em 20 ou 30 anos estamos falando de rentabilidade”, afirmou.

Ele lembrou que antes quando se comparava previdência com fundos de investimento é preciso ter eficiência na fase de alocação dos recursos. Se vai deixar mais de 10 anos vale a pensa a regressiva.

Diniz destacou ainda que outro ponto relevante que deve ser considerado pelo cliente é a possibilidade de escolher tabela regressiva (que a longo prazo paga menos IR chegando a 10-% depois de 10 anos). “O cliente deve olhar que tipo de previdência contratar um PGBL ou VGBL; tabela progressiva ou regressiva?”

Ele disse ainda que olhar performance, taxa de administração. “Em previdência, como tem mais opções, é preciso olhar mais coisas, como por exemplo se tem taxa de entrada e saída. Hoje muitas seguradoras oferecem sem essa taxa”.

Os especialistas destacaram ainda que o avanço tecnológico acelerou as transformações que ainda levariam muito tempo para acontecer. “Isso vai trazer uma mudança brutal em diversas coisas como preço do metro quadrado em escritórios imensos de Nova Iorque e São Paulo”, disse. Para eles, a pandemia acelerou uma tendência.

 

 

Confira a live completa: